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 A presidente Dilma Rousseff, falando num cenário de vitória na votação do impeachment e, neste caso, em medidas que estuda para tirar o país da recessão, afirmou: "Vai ter de aumentar tributo, nenhum país sai de crise sem aumentar tributo".

A petista disse que não estava falando apenas da recriação da CPMF, que está em tramitação no Congresso, mas também de outros tributos. Ela não quis, porém, detalhar quais outros impostos teriam de ser aumentados.
Questionada se estava falando em aumentar as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física, em avaliação pelo Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff disse que não iria comentar o tema.
Durante a entrevista, a presidente afirmou, porém, que o Brasil tem uma política tributária "regressiva" e que precisava torná-la mais "progressiva". "No Brasil, nosso sistema é regressivo, teríamos de fazer uma discussão sobre como torná-lo mais progressivo", disse a presidente.
A presidente voltou também a defender a aprovação da recriação da CPMF. "Eu não veja saída sem a CPMF", disse, admitindo logo em seguida que não bastará aprovar a volta do imposto do cheque para reequilibrar as contas públicas e, principalmente, aumentar o investimento público.
Na conversa com os jornalistas, no Palácio do Planalto, a presidente, apesar de afirmar que seu governo promoveu cortes significativos, fez questão de ressaltar que redução de gasto não é o melhor caminho para o país. "É muito recessiva a redução de gastos do governo", afirmou ela, acrescentando, porém, que a União terá de buscar o reequilíbrio das contas públicas.
Nesse momento, alertou para a possibilidade de o governo sair derrotado em propostas que mudam a renegociação das dívidas estaduais. Segundo ela, se for aprovada a medida que reajusta as dívidas estaduais por juros simples em vez de composto, será criado um rombo de R$ 300 bilhões.
Além de esta proposta estar sendo debatida no Congresso, Estados conseguiram liminares no STF (Supremo Tribunal Federal) nesse sentido.

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